sábado, 13 de fevereiro de 2010

O Paradoxo da Nona de Dvoják

É! Não foi como eu imaginei: cruzar a velha estrada em direção a nova vida, emocionado, ouvindo a Sinfonia do Novo Mundo de Antonin Dvojak.
Nervos a flor da pele, sensações boas e ao mesmo tempo estranhas, risos de coisas que deixei pra trás e um forte orgulho de ter cumprido o objetivo, ah e como iria esquecer: ao som de bebês chorando. Nada de Sinfonia!

Pensei que a Sinfonia do Novo Mundo sempre tocava para mim em todos aqueles momentos que marcariam grandes mudanças: novo emprego, nova morada, nova namorada, essas coisas da vida... Mas não, eu estava enganado!

Algo não estava de acordo com minha lógica pensante. Não é possível Sr. Dvojak! Infelizmente as grandes conquistas do nosso mundo são barreiras quase físicas. Uma corrida em direção a morte, que tal hein?

Mas percebi que a cada importante páginas das obras dos grandes mestres que eu lia, ouvia trechos em minha mente, trechos da Sinfonia do Novo Mundo! Hegel, Marcuse, Artistoteles, Kant... estavam todos lá com seus violinos a postos para serem tocados pra mim! Só bastava interpretar o que eles queriam dizer!

Descobri então que o mundo que construo como ser pensante é muito maior do que cada tijolo que coloco na barreira social do SER. A cada mera evolução da minha própria percepção, abrem-se as portas para um completo novo mundo.

A Sinfonia do Novo Mundo não me abandonou.